As Forças Armadas conquistaram 145 vagas no time brasileiro das Olimpíadas Rio2016. A maioria dos sargentos e coronéis faz parte do Programa de Atletas de Alto Rendimento financiado pelo Ministério da Defesa (MD). Eles ingressam temporariamente – no máximo 8 anos – na carreira militar através de um edital público que seleciona os atletas a partir das categorias. Uma vez selecionados, os esportistas passam por um Estágio de Habilitação de Praças, onde recebem treinamento militar rigoroso com atividades de tiro e sobrevivência. A partir daí, os atletas são incorporados às Forças como sargentos.
O programa das Forças Armadas consiste em apoio a treinamentos e assistência médica, odontológica, fisioterapeutica, entre outros. Os atletas militares recebem ainda um salário de cerca de R$ 4 mil, correspondente ao cargo que ocupam, para poderem se dedicar exclusivamente aos treinos. Além disso, recebem uma Bolsa Pódio e podem usar as instalações das corporações para os treinamentos. Somente a FAB, possui 203 atletas de 16 modalidades neste programa.
MILITARES DE CARREIRA
Major Rippel e Coronel Aviador Júlio Almeida são militares de carreira das Forças Armadas |
A equipe das Forças Armadas também é composta por militares de carreira, entre eles, Coronel Emerson Duarte (Tiro Esportivo), Major Cássio Rippel (Tiro Esportivo), Terceiro Sargento Yane Marques (Pentatlo Moderno), Sargento Bruno Mendonça (hóquei sobre grama) e o Coronel Aviador Júlio Almeida (Tiro de Pistola). De acordo com as Forças Armadas é possível aliar a carreira militar e o treinamento de alto nível.
Já no início da carreira, os oficiais das Forças Brasileiras vivem uma rotina de prática esportiva constante. É a partir das competições internas de cada corporação que os potenciais atletas são identificados. Com o Coronel Aviador Júlio Almeida foi assim. O talento foi descoberto no início da sua carreira militar na Academia da Força Aérea, em 1987. Carioca, o coronel já conquistou vitórias importantes na modalidade: Ouro (pistola 50m) nos Jogos Pan-americanos Toronto 2015, Prata (pistola de ar) nos Jogos Pan-americanos Rio 2007, entre outros. Para o militar, um bom lugar para treinar é a Escola Naval no Rio de Janeiro. O Major Cássio Rippel também descobriu o talento ao longo da carreira militar. “Passei a atirar quando virei militar, mas, profissionalmente, passei a competir em 2007, após um intercâmbio nos Estados Unidos”, conta.
A medalhista de prata em Londres no pentatlo, Yane Marques também é oficial de carreira do Exército Brasileiro. A Terceiro Sargento irá disputar as provas de natação, tiro esportivo, atletismo, esgrima e hipismo na Arena da Juventude, no Centro Aquático e no Estádio, todos no Complexo de Deodoro, entre os dias 18 e 20 de agosto.
Até agora a maioria das medalhas conquistadas nas Olimpíadas Rio 2016 pelo Brasil são de atletas militares.
Os atletas são obrigados pelas Forças Armadas a prestar continência no pódio?
Não. No Pan de Toronto houve uma orientação para isso. E todos faziam o gesto. Diante da repercussão, para a Olimpíada do Rio não houve nenhuma recomendação. Os atletas são livres para prestar ou não continência.
Entenda por que os atletas brasileiros prestam continência no pódio olímpico no LINK: http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2016/08/entenda-o-motivo-de-atletas-brasileiros-baterem-continencia-no-podio-olimpico.html
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