Os primeiros três dias de pontificado do papa Francisco já deram ao mundo uma amostra do que vai ser ter um sacerdote jesuíta pela primeira vez na história como líder dos 1,2 bilhão de católicos no mundo. Minutos após o resultado da eleição no conclave ter sido declarado na Capela Sistina, um funcionário do Vaticano chamado de Mestre de Cerimônias ofereceu ao novo papa a tradicional capa vermelha decorada com pele que o seu antecessor, Bento 16, usava com orgulho em cerimônias importantes. 'Não, obrigado, monsenhor', teria afirmado o papa Francisco. 'Você pode vesti-la. O Carnaval acabou!', disse.
Esse foi apenas um pequeno sinal de muitos nestes dias de que, como comentou um dos mais ácidos colunistas italianos, Massimo Franco, do jornal Corriere Della Sera, 'a era do papa-rei e da corte do Vaticano acabou'.
Outro momento da verdade ocorreu quando o papa Francisco quebrou os lacres do Apartamento Papal no Palácio Apostólico para tomar posse de sua nova casa.
Funcionários do Vaticano se ajoelharam e se curvaram quando o arcebispo George Gaenswein, secretário do agora papa emérito Bento 16 e ainda chefe da casa pontifícia, procurava o interruptor de luz enquanto o papa observava imóvel a cena, na penumbra.
'Há espaço para 300 pessoas aqui', ele teria dito. 'Eu não preciso de todo esse espaço.'
Neste sábado (16), o novo Papa teve o primeiro encontro com a imprensa internacional e declarou que quer uma Igreja voltada para os pobres. O pontífice revelou que a escolha do nome Francisco foi inspirada por um amigo brasileiro.
Sensível ao desgaste físico dos mais de 5 mil jornalistas, que durante mais de um mês levaram para o mundo a história da renúncia de um papa e da eleição de outro, Francisco comentou: “Como vocês trabalharam!”.
O Papa leu um texto preparado, mas improvisou ao contar como escolheu o seu nome de Papa. Foi o cardeal brasileiro Dom Claudio Hummes que o inspirou.
"Ao meu lado, nas eleições, estava o arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação para o Clero, cardeal Claudio Hummes, um grande amigo. Quando a situação ficava um pouco perigosa, ele me consolava. Quando os votos chegaram aos dois terços, começaram a aplaudir, porque o papa tinha sido eleito. E ele me abraçou, me beijou e disse:
‘Não se esqueça dos pobres’. E aquela palavra entrou na minha cabeça: os pobres. Pensei em Francisco de Assis. Depois pensei nas guerras, enquanto a apuração prosseguia. E Francisco é o homem da paz. E assim o nome saiu do meu coração: Francisco de Assis. Como eu queria uma Igreja pobre, para os pobres”, explicou o Papa.
O Papa leu um texto preparado, mas improvisou ao contar como escolheu o seu nome de Papa. Foi o cardeal brasileiro Dom Claudio Hummes que o inspirou.
"Ao meu lado, nas eleições, estava o arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação para o Clero, cardeal Claudio Hummes, um grande amigo. Quando a situação ficava um pouco perigosa, ele me consolava. Quando os votos chegaram aos dois terços, começaram a aplaudir, porque o papa tinha sido eleito. E ele me abraçou, me beijou e disse:
‘Não se esqueça dos pobres’. E aquela palavra entrou na minha cabeça: os pobres. Pensei em Francisco de Assis. Depois pensei nas guerras, enquanto a apuração prosseguia. E Francisco é o homem da paz. E assim o nome saiu do meu coração: Francisco de Assis. Como eu queria uma Igreja pobre, para os pobres”, explicou o Papa.
Na quarta-feira (13), recém-eleito, o Papa fez questão de levar Dom Claudio Hummes para a sacada da basílica.
"Nós ficamos todos muito felizes, mas também, ao mesmo tempo, muito conscientes de que nós também temos que nos renovar. Agora o próprio Papa está aí a nos iluminar nesta renovação franciscana", disse Dom Claudio Hummes.
"Nós ficamos todos muito felizes, mas também, ao mesmo tempo, muito conscientes de que nós também temos que nos renovar. Agora o próprio Papa está aí a nos iluminar nesta renovação franciscana", disse Dom Claudio Hummes.
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