O que é?
O Passe Espírita, ou Fluidoterapia,
como é também conhecido, é uma transfusão de uma certa quantidade de energias
fluídicas vitais (psíquicas) ou espirituais, utilizando-se a imposição das
mãos, com o propósito de atuar em nível perispiritual, usada e ensinada por
Jesus, como se vê nos Evangelhos. Origina-se das práticas de cura do
Cristianismo Primitivo.
Há pessoas (médiuns passistas) que
tem uma capacidade maior de absorção e armazenamento dessas energias que emanam
do Fluido Cósmico Universal e da própria intimidade do Espírito. Tal capacidade
as coloca em condições de transmitirem essas energias a outras criaturas que
eventualmente estejam necessitando. A aglutinação dessa força se faz
automaticamente e também, atendendo ao apelo do médium passista (prece) que
então municiado dessa carga, transmite de suas mãos em discretos movimentos.
Um estudo
desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com
a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada
pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar. O trabalho foi
elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do
Johrei, utilizada pela igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante
à de religiões como o espiritismo, que pratica o chamado “passe”.
Todo o
processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de
mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele
teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de
imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki
(técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de
depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp.
Segundo o
cientista, durante seu mestrado foram investigado os efeitos da imposição em
camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das
células de defesa contra células que ficam os tumores. “Agora, no meu doutorado
que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos
fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou.
A
constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de
produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma
precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias
sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja
próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou.
As sensações
proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da
percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e
depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de
relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição.”
Neste estudo
do mestrado foram utilizados 60 ratos. Já no doutorado foram avaliados 44
idosos com queixas de stress.
O processo
de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro
semestre deste ano. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a
respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes a partir de abril do ano
que vem.
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