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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Dilma usa a seca do Nordeste para fazer politica e tem palanque com Cid Gomes


 
Dissecando o pacote
De dinheiro novo, a presidente Dilma anunciou, ontem, em Fortaleza, R$ 9, 043 bilhões para reforçar as medidas de combate à seca. A princípio, o valor impressiona, mas quando dissecado vira quase um castelo de areia.
Em termos de investimentos, pode se subtrair de imediato R$ 3,147 bilhões referentes a dívidas renegociadas e não perdoadas, como queriam os governadores. Mais R$ 2,1 bilhões são de equipamentos agrícolas, máquinas destinadas aos municípios.
São importantes, são! Mas, na realidade, essas máquinas são produzidas no Rio Grande do Sul, deixando assim a riqueza gerada dos impostos por lá.
Quando entregues aos municípios, os equipamentos – retroescavadeiras, motoniveladoras, caminhões-caçambas, caminhões pipas e pás-carregadeiras – geram mais despesas e muitos municípios não podem manter, porque falta dinheiro até para o combustível.
Além disso, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que é do Rio do Grande do Sul e esteve presente ao encontro, disse aos prefeitos que a totalidade das máquinas só sai das fábricas no final do ano, entre novembro e dezembro.
De que adiantará mais? Do “dinheirão” de Dilma podem ser subtraídos ainda R$ 277 milhões destinados a reequipar o Exército e R$ 180 milhões para milho que não entram na conta do investimento direto nos municípios.
Nenhum governador, portanto, terá dinheiro na conta de imediato para aumentar parcerias com os municípios, gerar mais empregos e, consequentemente, minimizar os efeitos da estiagem, a maior dos últimos 50 anos.
Mas pela forma midiática das medidas a impressão que ficou e que Dilma está de fato preocupada e envolvida com a temática da seca no Nordeste.
Não é verdade. O Governo chega atrasado. Há municípios em que não há mais água sequer para o consumo humano e o rebanho bovino está sendo dizimado.
Pernambuco, por exemplo, já perdeu metade das suas 2,1 milhões de cabeças de gado. Se a União realmente tivesse priorizado a seca, essa tragédia, certamente, poderia ter sido evitada.

Seca no Nordeste

Nordeste vive a maior seca das últimas quatro décadas. Confira as imagens da estiagem:
O Nordeste esta sofrendo pela falta de água, a população de Vitória da Conquista, na Bahia anda cerca de 4km a pé atrás de água e o jegue é o meio de carregar água da barragem até as residencias
O Nordeste esta sofrendo pela falta de água, a população de Vitória da Conquista, na Bahia anda cerca de 4km a pé atrás de água e o jegue é o meio de carregar água da barragem até as residencias - Ricardo Cardoso/frame


SEM VEZ E SEM VOZ– Para os municípios, a reunião de Fortaleza foi uma tremenda frustração. Na prática, os prefeitos só ganharam mais um carro-pipa e uma pá-escavadeira. Presidente da Amupe, o prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), não teve direito a fala, mas levou o inconformismo da Federação Nacional dos Municípios, entidade que representou, a própria presidente Dilma, tão logo acabou o encontro, e ao ministro da Integração, Fernando Bezerra.

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